Está nas mãos da juíza Maria Odete de Carvalho, da Vara da Infância e da Juventude, que está no plantão do Judiciário este final de semana, a decisão de acatar ou não a Ação Cautelar impetrada no Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ-PA) pelo Ministério Público Estadual (MPE) que pede a paralisação do calendário de dois concursos públicos para a Polícia Civil do Estado do Pará: o C-169, para o cargo de delegado, e o C-170, para os cargos de escrivão e papiloscopista - ambos com segunda subfase marcadas em edital para o período de 1º a 5 de julho. A alegação da promotora Elaine Castelo para o ato são as“crassas irregularidades constatadas no desenrolar do concurso”.
A ação conta com depoimentos de candidatos que no dia 5 de maio desse ano realizaram uma prova objetiva, correspondente à primeira etapa do concurso. Eles denunciam que, em alguns locais de prova em Belém e no interior, houve conversas paralelas, uso de telefone celular e relógios, idas ao banheiro sem a companhia de fiscais do concurso - executado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa) e realizado pela Secretaria de Estado de Administração (Sead) - e outras atitudes proibidas pelo edital do certame no período de aplicação do teste, como impedir o inscrito de ir embora levando o caderno de perguntas. Foi denunciado ainda que a própria Uepa teria realizado em um de seus campi um cursinho preparatório para esses dois concursos.