O embaixador Corrêa do Lago, explicou a existência. neste momento, de uma espécie de negociação paralela em relação ao cumprimento do Protocolo de Quioto – sobretudo entre países ricos, que têm as metas como obrigatórias. “A grande dificuldade dos países desenvolvidos é que eles consideram que o mundo mudou de 1997 para cá e que a relevância dos países em desenvolvimento aumentou. Eles querem diminuir ao máximo essa diferença de obrigação.”
Segundo Corrêa do Lago, uma das estratégias sondadas por governos como Estados Unidos, Japão e Rússia é derrubar o Protocolo de Quioto e conseguir um novo acordo, que inclua também a participação de países como o Brasil. Caso o documento seja anulado, ele alertou para a possibilidade de que nunca mais se consiga um novo acordo – apenas avanços em compromissos voluntários.
“Todos dizem querer um resultado equilibrado em Durban. O que o Brasil considera equilibrado seria a aprovação do segundo período de compromisso que deve se estender até 2020, mesmo com um número menor de países”, disse. “Nenhum país quer sair do [Protocolo] de Quioto para fazer mais do que faria. Todo mundo quer fazer menos”, completou.
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